«No início de 2005, fiz uma visita ao Médio Oriente, pensando visitar o jovem presidente sírio, em Damasco. Como habitualmente, informei com grande antecedência a Casa Branca sobre o meu itinerário e, de imediato, recebi um telefonema do Conselheiro para assuntos de segurança nacional, que me informou de que eu não teria nenhum apoio para essa parte da minha viagem. Devido a divergências com a Síria, relativas à presença dos EUA no Iraque, fora tomada a decisão de chamar o nosso embaixador em Damasco e de isolar o presidente Assad, através da proibição de visitas de americanos que tivessem maior notoriedade. Tentei explicar-lhe que conhecia Bashar desde que era estudante universitário e que teria o maior gosto em usar a minha influência para resolver quaisquer problemas revelantes, tal como fizera com o pai de Bashar. Numa conversa que foi subindo de tom, expressei também a minha opinião de que era contraproducente a recusa de comunicar com os líderes com quem estivessemos em desacordo. Acabei por acatar a directiva com relutância. Mais tarde, notei que tinha sido recusado ao presidente Assad o visto que lhe era necessário para participar, em Nova Iorque, na cimeira de verão da Assembleia Geral da ONU.»
Jimmy Carter - in Palestina. Paz, sim. Apartheid, não. Outros Vizinhos, Síria.

