2008/03/26

No choco

«(...) A aldeia sente-se envolta numa fumarada de castanhas assadas, num vapor de estábulos, num fumo de lares em paz...
E a minha alma derrama-se, purificadora, como se um caudal de águas celestes jorrasse da rocha sombria do coração. Anoitecer de redenções! Hora íntima, fria e morna ao mesmo tempo, cjeia de claridades infinitas!
Os sinos, por aí fora, repicam entre as estrelas. Contagiado, Platero relincha no curral, que parece longínquo... Eu choro, débil, comovido e só, como Fausto.»


Juan Ramón Jiménez - in Platero e eu, Convalescença