"Ser de esquerda não é ter lido muitos livros nem mastigado ideologia. Ser de esquerda não é uma atitude face à privativação e ao sofrimento. Não significa ter compaixão, (já) não significa ter resistido à ditatura. Ser de esquerda é a capacidade de acreditar que o mundo só muda e só pode mudar porque a riqueza nele existente e criada não pode ser desigualmente distribuída. E a capacidade de acreditar que dadas as mesmas oportunidades a todas as pessoas, as pessoas não se comportam da mesma maneira face a essas oportunidades. Umas são bem sucedidas e outras falham e as que falham têm de ser ajudadas. E, por fim, a capacidade de acreditar que todos podemos e devemos mudar o mundo nesse sentido. Esta simplicidade de panfleto romântico não implica partidos nem religiões, clubes ou associações. Não se é de esquerda por se ser socialista, é-se socialista por se ser de esquerda. (...)"
Clara Ferreira Alves, Pluma Caprichosa.
Expresso, Única 7.06.2008
Vale bem a pena ler este artigo de opinião até ao fim, ainda que superando a avaliação da forma e atendendo sobretudo ao conteúdo.
Clara Ferreira Alves, Pluma Caprichosa.
Expresso, Única 7.06.2008
Vale bem a pena ler este artigo de opinião até ao fim, ainda que superando a avaliação da forma e atendendo sobretudo ao conteúdo.