«Desde o inverno de 1821, em que li Bentham pela primeira vez, e sobretudo desde os primeiros números da Westminster Review, eu tinha um objectivo, aquilo a que se pode chamar uma finalidade na vida: - queria trabalhar para reformar o mundo. A ideia que tinha da minha própria felicidade confundia-se inteiramente com este objectivo. (...) As coisas não correram mal para este ideal durante alguns anos - a observação dos progressos que se operavam no mundo, a ideia de que eu próprio tomava parte na luta e contribuía com o meu esforço para fazer avançar as coisas, pareciam-me suficientes para tornar uma vida interessante e animada. Mas chegou o dia em que esta confiança se desvaneceu como um sonho. Foi no Outono de 1826.
(...) A expressão exacta do meu sofrimento está em Dejection, de Coleridge, que eu ainda não conhecia:
Uma dor sem angústia, vazia, surda, lúgubre;
uma dor pesada, sufocante, persistente,
que não encontra nenhum natural alívio
nas palavras, nos queixumes, nas lágrimas.»
John Stuart Mill - in Memórias
(...) A expressão exacta do meu sofrimento está em Dejection, de Coleridge, que eu ainda não conhecia:
Uma dor sem angústia, vazia, surda, lúgubre;
uma dor pesada, sufocante, persistente,
que não encontra nenhum natural alívio
nas palavras, nos queixumes, nas lágrimas.»
John Stuart Mill - in Memórias