Se estivesse um bocadinho interessada, a D. Manuela saberia que, enquanto me explica, minuciosamente, com recurso a proficientes efeitos sonoros, como a neta repete amiúde: - Ai, Ai! A béu fê pucaía., eu lanço este S.O.S. electrónico.
Mas não está... e não sabe. E eu retraio-me, e contorço-me, à beira de um ataque de nervos. Mordo os lábios para resistir à pulsão de lhe gritar que aspire, por favor. - Aspire, D. Manuela! Aspire! Que este ruído que hoje traz não me deixa trabalhar. Mas, depois, está-se mesmo a ver, era eu a palrar: - Ai, Ai! A fia fê pucaía! E como há toda uma arte num bom pedido de desculpas, aqui me fico, exaurida, à espera que o raio da catraia deixe de ter piada aos olhos da avó. Deus me ajude!
Mas não está... e não sabe. E eu retraio-me, e contorço-me, à beira de um ataque de nervos. Mordo os lábios para resistir à pulsão de lhe gritar que aspire, por favor. - Aspire, D. Manuela! Aspire! Que este ruído que hoje traz não me deixa trabalhar. Mas, depois, está-se mesmo a ver, era eu a palrar: - Ai, Ai! A fia fê pucaía! E como há toda uma arte num bom pedido de desculpas, aqui me fico, exaurida, à espera que o raio da catraia deixe de ter piada aos olhos da avó. Deus me ajude!
