2009/04/06

Moralização da actividade política, dizem eles.

A palavra dos deputados cujo grau de infantilização ou falta de seriedade, mas, em todo o caso, cujo grau de absentismo, apesar de pagos por todos nós, conduz a que, por exemplo, tenham receio do que se possa saber que estão a ver nos seus brinquedos electrónicos durantes a sessões, que haja dias em que não há votações por falta de quorum, ou que a aprovação ou não de diplomas seja, nalguns casos, um tiro de sorte; a palavra destes Senhores deputados dizia eu (melhor, dizem eles), faz fé.

E, portanto, a moralização da actividade política, adaptada às necessidades dos Senhores deputados, é uma blague. E, no entanto, por apelo à moralização do recurso aos tribunais, esta aplicável ao povinho, até ver, entra em vigor, no próximo dia 20, um Regulamento das Custas Judiciais que torna o acesso ao direito proibitivo. Claro que quando o cidadão deixa de poder buscar justiça nos tribunais, recorre ao engenho e aquieta-se de outro modo, normalmente, à custa da paz social. Porque isto não é nada difícil de compreender é que é mesmo cada vez mais triste viver por cá.