Sem tecer comentários sobre aquilo que não conheço, nomeadamente, o que seja "
falar de sexo nas aulas em termos inapropriados", limito-me a constatar o óbvio, que é: por cá,
se uma professora fala de sexo "em termos inapropriados", isso merece
suspensão preventiva; se um magistrado, presidente do órgão de vocação europeia que coordena a troca de informação entre as polícias portuguesa e inglesa no caso Freeport,
tenta pressuadir - ainda que sem que os visados lho tenham solicitado (o que só pode provar que este é um país de gente profundamente altruísta!) -
os magistrados com responsabilidade sobre o processo a arquivar, parece que o consenso só é possível entre o "estamos muito confusos" e o "não há qualquer
transtorno em que o Senhor se mantenha em funções".
Por outro lado, se calhar, isto é uma questão geracional e a sugestão que tudo isto exerce sobre mim só tem que ver com o visionamento de demasiados episódios d'Os Sopranos, mas isto "Lopes da Mota disse este fim-de-semana ao semanário “Sol” que usou os nomes do primeiro, ministro, José Sócrates, e do ministro da Justiça, Alberto Costa, mas sem a indicação destes", cheira-me, vai terminar com um "premiozito" a médio prazo.
PS: Entretanto, fui-me inteirar das conversas da Senhora Professora. Bem entendido, foi muito bem suspensa preventivamente. Parece evidente que a medida só peca por tardia. Que os pais tenham tido de instruir uma aluna a gravar a aula para que alguma coisa fosse feita é que é grave.