2009/07/16

Quem nasce para peixe...

Compreendo, perfeitamente, as razões dos que exasperam à espera de justiça. Por todas as razões, até pelo possidonismo. Dificilmente encontrarão, meus amigos, classe profissional mais ressabiada, mais mal resolvida, que a dos oficiais de justiça. Hoje tive a triste experiência de, sob anonimato (so to speack, i.e., sem desvelar a cédula profissional), ter de confrontar um funcionário incompetente com o absurdo do que me dizia. Fi-lo de modo educado, cortês e na volta consegui uma reprimenda. Isso mesmo. Que raio de coisa é esta de andarem cidadãos informados a pedir satisfações sobre assuntos que lhes dizem respeito nas secretarias dos tribunais? Mas isto já chegou a país de primeiro mundo?
Se tiverem quem vos proporcione essa experiência, vão a um tribunal com um advogado que não se identifique como tal. Ele que se faça de parvo e peça informações ao primeiro oficial de justiça que encontre. Quando o sujeito estiver no auge da sua prelecção (que - shhhh! - quando não há juiz, advogado, solicitador, agente de execução, notário, conservador por perto, eles é que sabem de direito!), o vosso amigo que puxe da cédula. Depois, refastelem-se com o espéctaculo da vertigem da queda de joelhos. Não há acrobacia aeronáutica que supere esta experiência!
Pior que um possidónio, só mesmo um possidónio subserviente.