«Gastar-se, agitar-se por um objecto impenetrável é pura religião. Fazer do outro um enigma insolúvel de que depende a minha vida é consagrá-lo como deus; nunca chegarei a desfazer a questão que me levanta, o apaixonado não é Édipo. Mais não me resta do que transformar a minha ignorância em verdade. Não é verdade que quanto mais se ama, mais se compreende; o que a acção de amor obtém de mim é apenas esta evidência: que o outro não é para conhecer (...)»
Roland Barthes - in Fragmentos de um discurso amoroso

