«E a sua carinha jovem tinha adquirido uma expressão tão séria, que eu logo compreendi o que significava. Não obstante, senti-me desapontado: "será possível, dizia, de mim para mim, que ela hesite entre o lojista e eu?" Ah, é que então eu não compreendia! Não compreendia absolutamente nada! Até hoje nada tinha compreendido! Lembro-me que a Lukéria correu atrás de mim quando eu já me ia embora, que me fez parar e me disse: "Deus lhe pague, senhor, por ter tomado conta da nossa menina, mas nunca lho dê muito a perceber, ela é orgulhosa".
Orgulhosa? Eu gosto de pessoas orgulhosas. As pessoas orgulhosas são geralmente boas, quando, sim, não há dúvida, quando já não podemos duvidar do nosso ascendente sobre elas. (...)»
Orgulhosa? Eu gosto de pessoas orgulhosas. As pessoas orgulhosas são geralmente boas, quando, sim, não há dúvida, quando já não podemos duvidar do nosso ascendente sobre elas. (...)»
Dostoievski - in Está Morta!, Pedido de Casamento.