2008/03/18

Assumidamente, a caçar com gato.


Responde-se assim:

O palhaço rico *

«OUVI Alberto João Jardim dizer que os jornalistas são uns «piiiiiiii». Mesmo com o efeito sonoro, deu para apanhar o espírito da coisa. Não conheço as mães de todos os jornalistas, por isso não me envolvo na contenda. E disse também que são «bastardos», um termo caído em desuso no Continente. Bastardos e filhos de uma profissional do sexo não é, esclareça-se, exactamente a mesma coisa. O filho da dita pode ser legítimo, desde que haja um eficaz planeamento familiar, da mesma forma que o filho de uma senhora com actividade em qualquer outro ramo profissional pode ser, como diz o nosso bom Alberto, um bastardo. Mas adiante.

Alberto João Jardim é um palhaço**. Envergonha, de cada vez que abre a boca, a nossa democracia. Não é politicamente incorrecto. É apenas um palhaço que manda numa ilha com mais de duzentas mil pessoas. Recentemente, deu-se mesmo ao luxo de retirar a imunidade parlamentar, da qual nunca abdicou, a um deputado da oposição que o atacara. É um palhaço perigoso.

Não julguem que uma boa parte dos madeirenses não acha isto mesmo do seu presidente. Só que Alberto João é um palhaço que traz, todos os anos, uma mala cheia de dinheiro vinda do Continente. O seu orçamento não tem fundo. Na Madeira não falta nada. Nem estradas, nem equipamentos, nem emprego. O Estado está em todo o lado. Para dar dinheiro, para controlar a oposição. Para acabar com o circo, não era preciso muito. Bastava obrigar Alberto João a viver com o que tem. Iam ver como os madeirenses deixavam de achar graça à palhaçada.»


* Ontem andei a tentar perceber o que é que o Daniel Oliveira teria dito. Parece que é este o texto da polémica.

** O negrito é meu e, naturalmente, destina-se, unicamente, a dar ênfase à frase da discórdia.



O meu comentário é que, passados quase 3 anos sobre publicação desta crónica no Expresso, é seguro dizer que a crónica do Daniel Oliveira superou o teste do tempo.
Mas sempre vou acrescentando que a produção de prova neste processo (ou seja, a demonstração de que o Alberto João Jardim é um "palhaço") deve ter sido um pagode.